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Vaginose Bacteriana: o que é, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

  • jtgsmed
  • 30 de jun.
  • 3 min de leitura
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A vaginose bacteriana é uma das causas mais comuns de infecção vaginal em mulheres em idade reprodutiva. Trata-se de uma condição causada por um desequilíbrio da flora vaginal, onde há uma redução das bactérias “boas” (como os lactobacilos) e um crescimento excessivo de bactérias anaeróbias, especialmente a Gardnerella vaginalis.

Embora não seja considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), a vaginose bacteriana pode estar relacionada à atividade sexual e a hábitos de higiene íntima inadequados. É uma condição que requer atenção, pois pode se repetir com frequência e aumentar o risco de outras complicações ginecológicas.


O que é vaginose bacteriana?

A flora vaginal saudável é composta por diversas espécies de bactérias, sendo os lactobacilos os principais responsáveis por manter o pH vaginal levemente ácido, protegendo contra infecções. Quando esse ambiente é alterado, bactérias oportunistas se proliferam, gerando os sintomas típicos da vaginose.

Essa condição pode afetar a qualidade de vida da mulher, causar desconforto e, se não tratada corretamente, levar a complicações como infecções pélvicas, parto prematuro em gestantes e maior suscetibilidade a ISTs.


Quais são os sintomas da vaginose bacteriana?

Nem todas as mulheres apresentam sintomas evidentes, mas os sinais mais comuns da vaginose bacteriana incluem:

  • Corrimento vaginal com odor desagradável, frequentemente descrito como “cheiro de peixe podre”, mais perceptível após relações sexuais.

  • Alteração na coloração do corrimento, que pode se apresentar esbranquiçado, acinzentado ou levemente amarelado.

  • Coceira, ardência ou desconforto na região íntima, embora nem sempre estejam presentes.

  • Sensação de umidade constante na área genital.

A presença desses sintomas deve ser investigada com atenção por um ginecologista, uma vez que podem se confundir com outras infecções vaginais, como candidíase ou tricomoníase.


O que causa a vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana é causada por uma alteração no equilíbrio natural da microbiota vaginal. Alguns fatores contribuem para esse desequilíbrio:

  • Uso frequente de duchas vaginais, que eliminam as bactérias protetoras.

  • Relações sexuais sem preservativo, que podem alterar o pH vaginal.

  • Uso de sabonetes íntimos inadequados, com pH alcalino ou fragrâncias agressivas.

  • Alterações hormonais, como as causadas por anticoncepcionais, gravidez ou ciclo menstrual.

  • Múltiplos parceiros sexuais, o que aumenta o risco de alteração na flora vaginal.

Importante: a vaginose não é considerada uma IST, mas pode ser agravada por hábitos sexuais de risco.


Como é feito o diagnóstico da vaginose bacteriana?

O diagnóstico preciso da vaginose bacteriana é fundamental para evitar tratamentos equivocados. A melhor forma de confirmar a presença da infecção é por meio da microscopia do conteúdo vaginal, exame simples e rápido, realizado em consultório ginecológico.

Durante a avaliação, o ginecologista coleta uma amostra do corrimento e analisa ao microscópio. Os achados típicos incluem:

  • Presença de clue cells (células vaginais recobertas por bactérias);

  • pH vaginal elevado (geralmente acima de 4,5);

  • Redução dos lactobacilos e aumento de bactérias anaeróbias.

Em alguns casos, pode-se associar ao exame a cultura bacteriana vaginal, para identificação específica dos microrganismos envolvidos.


Como tratar a vaginose bacteriana?

O tratamento da vaginose bacteriana é eficaz e deve ser prescrito por um ginecologista, com base no diagnóstico confirmado. As principais opções incluem:

  • Antibióticos orais, como metronidazol ou clindamicina, geralmente por 7 dias.

  • Cremes ou géis vaginais antibacterianos, que atuam diretamente na flora vaginal.

  • Evitar automedicação, pois o uso incorreto pode agravar o desequilíbrio vaginal e favorecer infecções recorrentes.

Mulheres com episódios frequentes de vaginose podem se beneficiar de um tratamento prolongado ou com reforço da flora vaginal através de probióticos específicos.


Como prevenir a vaginose bacteriana?

A prevenção da vaginose envolve cuidados simples, mas eficazes, que preservam o equilíbrio da flora vaginal e evitam a proliferação de bactérias indesejadas. Veja algumas orientações práticas:

  • Evite duchas vaginais — elas removem as bactérias naturais que protegem o canal vaginal.

  • Use preservativos — além de prevenir ISTs, ajudam a manter o pH vaginal estável.

  • Escolha sabonetes íntimos com pH ácido, específicos para a região genital.

  • Prefira roupas íntimas de algodão e evite permanecer longos períodos com roupas molhadas ou muito apertadas.

  • Evite o uso de desodorantes ou sprays íntimos, que podem ser irritantes.

Além disso, o acompanhamento ginecológico regular é essencial, especialmente em mulheres com histórico de infecções recorrentes.


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Sou a Dra. Jéssica Guedes, ginecologista atendendo em Parnaíba, no norte do Piauí. Siga meu Instagram @drajessica.guedes para mais dicas sobre saúde feminina. Vamos cuidar da sua saúde íntima juntas!


 
 
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